Ensaio Multicruzi e biomarcadores de cura e progressão da doença de Chagas são debatidos na Fiocruz

Fonte: Portal Fiocruz (Elisandra Galvão – VPPCB/Fiocruz)

A Rede Fio-Chagas, ligada ao Programa de Pesquisa Translacional da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB/Fiocruz), e a iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês) promoveram a reunião Ensaio Multicruzi e biomarcadores de cura e progressão para a doença de Chagas. O encontro, realizado no dia 15 de maio, na sede da Fiocruz no Rio de Janeiro, discutiu os avanços com o imunoensaio Multicruzi e as iniciativas de cooperação internacional voltadas para os estudos sobre essa doença, que atualmente afeta de 5 a 7 milhões de pessoas no mundo. Conforme dados da Organização Mundial de Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde, desse total apenas 7% têm acesso ao diagnóstico e, menos de 1%, ao tratamento. No Brasil, são afetadas cerca de 1,2 a 4 milhões de pessoas.

Participaram da reunião pesquisadores do Brasil, Argentina, França e de outros países. A mesa de abertura foi composta pelo vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger; pela coordenadora do Fio-Chagas e pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, Constança Britto, mediadora da mesa; e por representantes da vice-presidente da VPPCB/Fiocruz, Wim Degrave; da Fiocruz Bahia, Fred Santos; e do DNDi, Eric Chatelain e Maria Jesus Pinazo – esta com participação virtual.

Krieger abordou pontos relacionados aos testes, certificados pela Anvisa, a produção local de medicamentos e o suporte da Fundação para a doença de Chagas.

Os trabalhos da Fiocruz para atender as demandas de saúde pública, como a pesquisa e a produção de protótipos para ensaios PCR e a aplicação na produção industrial de medicamentos e vacinas, foram comentados por Wim Degrave. Ele destacou iniciativas que envolvem a ciência básica, as capacitações em desenvolvimento tecnológico, ensaios, testes e pesquisas clínicas, e as plataformas tecnológicas. “A rede Fio-Chagas é um exemplo porque busca unir diferentes áreas para encontrar soluções para problemas que temos como a doença de Chagas no Brasil. Essa rede está presente nos centros regionais de pesquisa da Fiocruz. E incentivamos cooperações internacionais, para que possamos fazer avanços reais em diferentes áreas”, informou.